Tensão e igualdade no retorno do intervalo

O segundo tempo no Coliseum Alfonso Pérez começou com uma atmosfera de expectativa, com o Getafe tentando administrar a vantagem mínima de 1 a 0 conquistada na primeira etapa. Logo no início, a equipe da casa buscou renovar o fôlego ofensivo com a entrada de Borja Mayoral no lugar de Bertug Yildirim. A postura agressiva se manteve nos primeiros minutos, com Luis Milla e Álex Sola criando oportunidades, mas sem sucesso na conversão. No entanto, o cenário mudou drasticamente aos 15 minutos da etapa complementar. O Osasuna, que já vinha incomodando, encontrou o caminho das redes com Ante Budimir. O atacante aproveitou a chance no meio da área e finalizou com o pé esquerdo, decretando o empate em 1 a 1 e silenciando momentaneamente a torcida local.

Após o gol de empate, o jogo ganhou contornos mais físicos e truncados. O árbitro teve trabalho para conter os ânimos, distribuindo cartões amarelos para Enzo Boyomo e, mais tarde, para Alejandro Catena e Jon Moncayola, todos do Osasuna, por entradas perigosas. As substituições de ambos os lados tentaram mudar a dinâmica da partida, com o Getafe lançando Álvaro Rodríguez e Nabil Aberdin, enquanto o Osasuna apostava em Moi Gómez e Rubén Peña para explorar os contra-ataques.

A reta final e as oportunidades perdidas

A intensidade não diminuiu nos minutos finais. O Getafe pressionou em busca da vitória, insistindo principalmente nas jogadas aéreas. Álvaro Rodríguez foi o protagonista dessas tentativas, cabeceando com perigo após cruzamentos de Juan Iglesias, mas parando na defesa adversária ou na falta de pontaria. Do outro lado, o Osasuna não se limitou a defender e assustou com finalizações de fora da área de Abel Bretones e Pablo Ibáñez. O jogo, no entanto, foi marcado por muitas interrupções, incluindo o atendimento médico a Borja Mayoral, o que quebrou o ritmo da partida.

Já nos acréscimos, anunciados em cinco minutos, a tensão atingiu o auge. Rubén Peña desperdiçou uma chance de ouro para a virada do Osasuna, cabeceando para fora. O Getafe ainda tentou um último suspiro, mas as investidas de Carles Pérez e as tentativas de passe em profundidade foram neutralizadas pela defesa visitante ou pararam em impedimentos. Ao apito final, o placar de 1 a 1 refletiu uma disputa equilibrada, onde a luta física muitas vezes se sobressaiu à técnica.

A escolha de Yamal e o cenário da La Liga

Enquanto o Getafe e o Osasuna batalhavam por cada metro em campo, os holofotes do futebol espanhol também se voltavam para a estrela em ascensão do Barcelona, Lamine Yamal. O jovem talento abriu o jogo recentemente sobre sua decisão de defender a seleção espanhola em detrimento do Marrocos, país de suas raízes. Yamal admitiu que a excelente campanha marroquina na última Copa do Mundo balançou suas convicções. “No fundo, eu pensava em jogar com o Marrocos”, revelou ele, reconhecendo o feito da equipe africana ao chegar às semifinais do mundial. Contudo, a decisão final pendeu para a “La Roja”.

O jogador explicou que, no “momento da verdade”, não teve dúvidas. Apesar do amor e respeito que nutre pelo Marrocos, seu desejo de competir na Eurocopa e a percepção de que o futebol europeu oferece uma vitrine global maior pesaram na balança. “Eu cresci na Espanha e também sinto que é o meu país”, afirmou, destacando que sua escolha o deixa mais próximo do sonho de conquistar uma Copa do Mundo. Desde sua estreia pelos Blaugranas, Yamal tem sido fundamental, tendo papel decisivo na conquista da La Liga no ano passado sob o comando de Hansi Flick e no título da Espanha na Euro 2024.

Barcelona no topo e polêmicas extracampo

Apesar de enfrentar uma cobertura midiática intensa sobre seu estilo de vida luxuoso e lidar com lesões recorrentes na virilha nesta temporada, o desempenho de Yamal dentro das quatro linhas permanece indiscutível. No último fim de semana, ele marcou um gol na vitória do Barcelona por 3 a 1 sobre o Alavés. A partida marcou o retorno do clube ao seu histórico lar, o Camp Nou, que passa por reformas para ampliação de capacidade. Com esse resultado e o tropeço do Real Madrid, que apenas empatou em 1 a 1 com o Girona, o Barcelona assumiu a liderança isolada da tabela, reafirmando sua força no campeonato nacional.